Dá para um investidor amador viver de seus investimentos?

Eu acho que sim. Entretanto, na minha opinião, o caminho é longo e a caminhada é lenta.

Fernando Cosenza

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from Urbe.lab

Não há dúvidas de que o crescimento da familiaridade dos brasileiros com investimentos é algo muito positivo. No entanto, como qualquer outro processo de popularização, ele levanta novas questões.

O maior interesse pelo assunto impulsiona o aparecimento de inúmeras fontes de informação. Claro, onde há demanda, a oferta aparece. Evidentemente, nem tudo tem a mesma qualidade.

Na era das redes sociais, a informação, que antes era mais difícil de ser disponibilizada, agora não é mais. É como se estivéssemos todos em uma grande mesa de bar virtual, onde qualquer pessoa fala o que pensa e pode ser ouvida por qualquer outra que esteja interessada.

Mas, repito, essa é uma característica da nossa vida atual e acontece com todos os assuntos, embora com diferentes graus de impacto.

Por exemplo, você já deve ter usado o Google para procurar informação sobre uma dor ou um sintoma que esteja sentindo. Você sabe que o certo mesmo é procurar um médico, mas tudo bem tentar se informar um pouco.

Em se tratando da nossa saúde, é seguro se informar porque a maioria de nós tem bom senso. Temos um filtro que nos protege, o qual começamos a construir desde a infância. Sabemos que, mesmo o remédio certo, em dose errada pode nos matar.

Sobre investimentos, um filtro também precisa ser construído. E a única forma de construí-lo é vivendo. Com paciência e cautela.

Eu não sou profissional do mercado financeiro, nem médico. Construí o meu discernimento, tanto sobre saúde quanto sobre investimentos, na base da “experiência cautelosa”. Cometendo meus próprios erros (e não os de outros), mas nenhum deles fatal.

Comprei a minha primeira ação em 1998, pela Corretora Souza Barros. Comprei meu primeiro fundo imobiliário em 2003, quando esses ativos nem era listado em Bolsa. Fui cliente da Investa, a primeira plataforma de fundos do mercado brasileiro.

Fui passando de corretora para corretora, em uma época que uma comprava a outra em busca de “novas” clientes. Fiz curso de análise técnica no…

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